terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Histórias: Cuidados com a natureza.

História 1:

O PARDAL

Quando Pedrinho fez sete anos ganhou, de seu primo mais velho, um estilingue. Ele o achou muito bonito.

Agora poderia praticar sua pontaria, atirando pedras por ali.

O primo orgulhoso disse-lhe:

- Vá treinando. Amanhã, você será um grande caçador.

Pedrinho correu para o mato próximo. Sua primeira vítima foi um pardalzinho. O pássaro caiu, estremecendo no chão. Pedrinho sentiu um aperto no coração ao olhar o pequenino inerte.

Voltou assustado para casa, envolvido por uma triste sensação de culpa.

No outro dia, encontrou seu pai ocupado em tirarde uma teia de aranha, os insetos e moscas que ali se haviam aprisionado, colocando-os depois em uma caixinha de fósforos.

- Para que é isso, papai? - perguntou.

- Venha comigo que eu lhe mostrarei.

Levou-o em direção ao arvoredo existente ao redor da casa e lhe mostrou, entre a espessa folhagem de um arbusto, um ninho onde se achavam quatro passarinhos ainda sem penas. Abrindo a caixa com cuidado, foi metendo as moscas e os insetos nos biquinhos abertos. Pedrinho quis ajudar.

- Não foi fácil! - disse ao final da tarefa.

Passou a tarde procurando insetos e remexendo a terra, a ver se encontrava minhocas. À noite, seu pai agasalhou os filhotinhos com um pedaço de algodão.

Na manhã seguinte, o pai de Pedrinho entrou em seu quarto e lhe mostrou um dos pequeninos pássaros já morto.

- Morreu durante a noite. - explicou - Vamos fazer todo o possível para salvar os outros.

Terminado o jantar, àquela noite, encontraram no ninho uma segunda vítima do frio. Alguns dias depois, o terceiro filhotinho sucumbia.

Pedrinho, angustiado e pensativo, observava o último dos passarinhos, ali tão sozinho. O pobre órfão certamente estava passando maus momentos. Não teria quem lhe ensinasse os segredos do vôo e, dia após dia, enfraqueceria, pois os pássaros assim novinhos necessitam de cuidados muito especiais. E o quarto filhotinho também morreu...

Tomado de remorsos, Pedrinho correu ao encontro do pai que também parecia entristecido, e entre soluços desabafou:

- Papai, a culpa é minha! Fui eu que matei a mãe deles!

- Eu sei, meu filho. Vi você fazer aquilo. São raros os meninos que não fazem o mesmo.

Adaptação da história "O Pardal", da obra de Wallace Leal V. Rodrigues: E, para o resto da vida...

Fonte; Apostila da FEB.

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