quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Tema: Desencarnação.

Aula 1:

Desencarnação

Prece inicial
Primeiro momento: contar a história A desencarnação de Godofredo.
Clique aqui para ver os desenhos coloridos e preto e branco de Sherazade Gomes - Evangelizadora - Centro Espírita Francisco de Assis - Eunápolis/BA.
Segundo momento: manter um diálogo com os evangelizandos, complementando, se necessário, as respostas:
Por que Godofredo morreu? Foi descuidado, dirigiu em alta velocidade.
Era a hora de ele morrer? Provavelmente não, o acidente aconteceu por irresponsabilidade dele.
Como a esposa e o filho viram Godofredo, se ele tinha morrido? Eram médiuns e viram Godofredo em espírito. Mas eles não vão ficar vendo Godofredo o tempo todo, viram ele porque havia um motivo, talvez ele precisasse de preces, de auxílio, por estar perturbado.
A mulher e o filho eram espíritas? Provavelmente não. Não precisa ser espírita para ver espíritos, há médiuns em todas as religiões e também entre as pessoas que não têm religião. Mãe e filho desmaiaram porque não entenderam o que estava acontecendo.
Será que Godofredo se deu conta que tinha morrido? Não. Ele estava perturbado, sem saber o que fazer e o que tinha acontecido. Muitas pessoas, como Godofredo, ao desencarnarem não se dão conta que o corpo físico morreu e que o espírito continua vivo e por isso procuram o lar, a família e as coisas materiais que deixaram, desejando seguir normalmente a sua antiga vida material.
Godofredo mudou depois que seu corpo morreu? Não, ele continuou gostando das mesmas coisas, continuou pensando e se preocupando com o que pensava e se preocupava antes de se desligar do corpo físico. Não ficou nem melhor, nem pior, apenas o mesmo Godofredo, porém sem o seu antigo corpo físico. Por isso ele dizia: - Eu continuo o mesmo Godofredo de sempre! (último desenho).
O que vai acontecer com Godofredo? Como as mudanças de consciência e de percepção da nova realidade espiritual são graduais e lentas, provavelmente Godofredo ainda vai ficar algum tempo desorientado, tentando viver a vida que tinha antes de desencarnar, até perceber que seu corpo físico morreu e que ele se encontra no Mundo Espiritual. Quando se der conta de sua nova realidade espiritual, ele poderá reavaliar suas atitudes e buscar auxílio espiritual através de uma prece sincera. E com certeza Godofredo será auxiliado pelo seu Espírito Protetor e pelos amigos espirituais, pois Deus não desampara nenhum de seus filhos. Por isso são muito importante as nossas preces.
Terceiro momento: continuar o diálogo com as crianças, incentivando para que participem e dêem suas opiniões (elas sempre têm muito a contribuir e surpreendem os evangelizadores com o que já sabem sobre a realidade espiritual):
É isso que sempre acontece quando alguém desencarna? Não. A realidade da vida espiritual é diferente para cada pessoa, de acordo com a vida que levou na Terra;
Se tiver merecimento, o espírito pode acordar em uma colônia espiritual ou um hospital, para se recuperar e se adaptar ao mundo dos espíritos;
Pode despertar em um lugar de sofrimento se cometeu suicídio, ou se foi uma pessoa que prejudicou os outros, ou que só pensou em si mesma (egoísta);
Se foi uma pessoa boa, que ajudou os outros e procurou desenvolver boas qualidades, pode ser recebida por seus amigos que já desencarnaram ou por amigos de outras reencarnações e irá para um lugar legal, onde continuará estudando e evoluindo.
Quarto momento: perguntar o que é sintonia. Dizemos que há sintonia quando duas pessoas pensam e agem da mesma maneira, tem os mesmos gostos. É como quando tem uma apresentação de uma banda. Quem vai? Todos os que gostam daquele tipo de música. Pode-se citar como exemplo, também, os nossos amigos, nos relacionamos melhor com aquelas pessoas que tem os mesmos gostos e objetivos que nós.
Nossa sintonia espiritual é que vai determinar o local e como vamos nos sentir depois da morte do corpo físico. Os lugares no Mundo Espiritual são de acordo com a sintonia. Nos lugares de sofrimento reúnem-se espíritos que cultivaram o mesmo tipo de valores (egoísmo, mentira, desonestidade, maldade). Nos lugares felizes, reúnem-se espíritos que praticaram o bem.
Quinto momento: indagar o que desejam levar desta vida. Conduzir o diálogo para que eles concluam que não vamos levar nada de material (casa, carro, brinquedos, roupas), mas levaremos as boas ações, os bons pensamentos, e as virtudes que conquistarmos, todo o bem que pudermos fazer (amor, paciência, calma, perdão, honestidade, obediência, caridade, amizade). Comentar que não levaremos os livros, mas levaremos o conhecimento adquirido, e que nossos familiares e amigos não irão conosco quando desencarnarmos, mas levaremos o carinho, a amizade e o amor que cultivamos. Anotar as respostas no quadro.
Sexto momento: lembrar que levaremos também as coisas erradas que fizermos e os pensamentos e sentimentos negativos: o ódio, a vingança, a preguiça, a fofoca. E por isso devemos evitar que eles estejam presentes em nossa vida. Procuremos desenvolver as nossas virtudes, através da prática do bem.
Sétimo momento – atividade: distribuir um desenho com crianças e jovens em uma estrada. Explicar que a estrada significa o caminho da nossa vida.
Na parte de cima do desenho o evangelizador deverá escrever: “O que eu vou levar desta reencarnação?” Nos espaço em branco os evangelizandos irão escrever as ações e sentimentos que desejam levar desta reencarnação (os que foram escritos no quadro-negro). Depois de escrever, o desenho pode ser pintado e colado no caderno ou em um varal para enfeitar a sala.
Clique aqui para ver a sugestão de desenho, enviada carinhosamente pela Cristina Chaves, do terceiro ciclo da Infância, da Sociedade Espírita Casa do Caminho, Bairro Jardim das Palmeiras em Porto Alegre/RS, responsável pelo site http://www.freewebs.com/sementinhasdocaminho.
Prece de encerramento
Sugestão: segundo e terceiro ciclos.

Fonte: http://www.searadomestre.com.br/evangelizacao/

Aula 2:

TÍTULO: DESENCARNAÇÃO
BIBLIOGRAFIA ( além da bibliografia básic a) Prátic a Pedagógic a na Evangelizaç ão (vol. 2)
A Vovó sabe tudo – tema: A Morte - Editora Espírita Cristã Fonte Viva
OBJETIVO:
Levar a criança a compreender o que é a morte e que não deve teme- la, ela é conseqüência natural de uma encarnação que chega ao final.
DESENVOLVIMENTO:
Contar a história do livro A Vovó sabe tudo – tema: A Morte
Para dar maior dinamismo à história e fazer com que as crianças se envolvam mais, confec cionar a lagarta, a borboleta, o casulo e os galhos de uma árvore, para contar como acontece a metamorfose.
** Mostrar as transformações da lagarta em borboleta, relacionando a libertação da borboleta ao sair do casulo, ao Espírito que deixa o corpo na desencarnação.

História: A vovó sabe tudo.

I - BRINCANDO E APRENDENDO

Vovó Esmeralda tricotava, enquanto, por cima dos óculos, cuidava de seus netinhos que brincavam na redondeza.

Depois de certo tempo, cansados de brincar cada um por si, os meninos vieram assentar perto de Paula, que lia poesias.

Conversa vai, conversa vem, Paula contou que a poesia que acabara de ler dizia que nascer e morrer são acontecimentos da vida.

Este assunto deixou Luizinho arrepiado que até pedira:

_ Não fale em morte! Eu tenho medo.

_ Mas o que é a morte? Perguntou Roberto com ares de intelectual.

_ Não sei explicar. Disse Paula.

_ Nem eu. Complementou Luizinho.

_ Acho melhor a gente perguntar à vovó...

_ Vamos, a vovó sabe tudo! Concordaram todos.

II - CONVERSANDO COM A VOVÓ

Um após o outro, seguiram até o banco onde vovó os observava.

Tão logo chegaram, vovó Esmeralda perguntou com a sabedoria de quem já viveu muito:

_ O que houve crianças? O que está perturbando vocês?

_ Estou com medo, vovó! Respondeu Luizinho.

_ Medo de que? Perguntou vovó Esmeralda.

Antes que Luizinho respondesse, Paula explicou:

_ Estou lendo uma poesia que diz que nascer e morrer são fatos naturais da vida, aí Luizinho ficou com medo e o Roberto quis saber o que é morte, mas nós não soubemos explicar.

_ Então viemos lhe perguntar. Completou Roberto.

Aparentando indiferença às preocupações das crianças, vovó Esmeralda olhou em volta como se procurasse alguma coisa no jardim.

Continuou em silêncio até que seus olhos brilharam quando encontrou o que procurava.

III - A PASSAGEM

_ Meus queridinhos, olhem que beleza aquela flor! Vejam , continuou a vovó, aquela borboleta como é linda. Observem como a vida está presente por todos os lados. Olhem...

_ Vovó, acho que a senhora não entendeu a nossa pergunta. Atalhou Paula, interrompendo a fala da vovó.

_ Nós queremos saber é o que é a morte.

Vovó Esmeralda com paciência e serenidade de que lhe eram peculiares, respondeu carinhosamente:

_ Meus queridos, não há motivos para vocês se preocuparem tanto assim com esse assunto. Deus, que é Pai bondoso, não permitiria que nos acontecesse coisa ruim. A morte é uma passagem desta vida física para a vida espiritual.

_ Como assim vovó? Quis saber Luizinho que não entendeu bem esta coisa de físico-espiritual.

_ Mas vovó, é verdade que todos...que todos nós vamos morrer? Perguntou Roberto preocupado.

IV - A BORBOLETA

_ Sim, isto é verdade, respondeu vovó Esmeralda. Mas só o corpo morre, e ele é uma sala de aula para o espírito.

_ Como assim?

_ Vejamos a borboleta. Ela passa por vários corpos durante a sua vida para dar o seu vôo majestoso.

_ Vocês conhecem as transformações da borboleta? perguntou a bondosa Esmeralda.

_ Não!Deve ser legal. Conta prá nós vovó. Conta, insistiu Luizinho.

_ A borboleta - diz vovó - nasce inicialmente de um pequeno ovo, a futura

borboleta ensaia seus movimentados no desajeitado e irrequieto corpo de uma larva.

V - O SONO PROFUNDO

Treinada nos movimentos, ensaia os passos no corpo, agora transformado, da comilona lagarta.

É hora do sono profundo...

A lagarta, tem dentro de si a futura borboleta. Ela sabe que precisa dormir para a grande transformação. Caminha silenciosa ao local onde deve adormecer. Deixa de ser comilona. Pára, se enrosca e se transforma num casulo, aparentemente sem vida. Morre para o mundo...

Vovó fez uma pequena pausa.

_ E aí vovó? Ela morreu mesmo? Pergunta Paula curiosa.

VI - A METAMORFOSE

_ Não, querida. Sorriu e completou a vovó : É como se ela estivesse trocando de roupas.

Passados alguns dias, depois de várias transformações, nasce do casulo inerte a borboleta de extraordinária beleza.

Trêmula, inibida, encara o mesmo mundo em que vivera antes, como se nunca o tivesse conhecido.

Ensaia os primeiros movimentos com suas lindas asas. Voa , voa... Olha de cima, o solo em que antes rastejava com seu pesado corpo de lagarta. É a beleza da vida superando a morte...

_ Então morrer é isso vovó? pergunta Roberto.

_ Meus queridos, a metamorfose da borboleta serve apenas para ilustrar o que a vovó quer explicar. Conosco acontece uma transformação parecida apenas.

_ Como assim vovó? Quis saber Luizinho.

_ A nossa vida também continua, independentemente do corpo, que é como o casulo da borboleta. Deixamos para trás ao morrermos, mas seguimos com o nosso ser espiritual, a nossa alma, o nosso ser que é imortal...

Continuamos a ser nós mesmos, com nossos pensamentos, nossa personalidade e gostos. A vida não cessa com a morte. A morte é como se fosse uma troca de roupas, assim como a borboleta trocou de corpo.

_ Entenderam? perguntou a vovó.

_ Quase tudo! Responderam todos.

Vovó Esmeralda sorriu um sorriso de quem já viveu muito , de quem é paciente e sabe que vai ter tempo para ensinar e aprender muito mais...

( Morelli, Jaci. in: A Vovó Sabe Tudo. Tema : A morte. Edição Editora

Espírita Cristã Fonte Viva. Obra classificada em 2o lugar no I Concurso de Literatura Infantil da AME/BH - publicação devidamente autorizada por editora Fonte Viva)

Fonte:http://www.cvdee.org.br/ev_plano.asp

Aula 3:

Tema: Desencarnação

O Balão de Benny
Benny tinha setenta anos quando morreu subitamente de câncer, em Wilmette, Illionis. Como sua neta de dez anos, Rachel, nunca tivera oportunidade de dizer adeus, ela chorou durante vários dias.
Mas depois de receber um grande balão vermelho em uma festa de aniversário, voltou para casa com uma idéia, uma carta para o vovô Benny, enviada para o céu em seu balão. A mãe de Rachel não teve coragem de dizer não e observou com lágrimas nos olhos o frágil balão subir por entre as árvores que cercavam o jardim e desaparecer.
Dois meses depois, Rachel recebeu esta carta com carimbo do correio de uma cidade a 900 quilômetros de distância, na Pensilvânia:
"Querida Rachel,
Vovô Benny recebeu a sua carta. Ele realmente a adorou.
Por favor, entenda que coisas materiais não podem ficar no céu, por isso tiveram que mandar o balão de volta para a Terra, eles só guardam os pensamentos, as lembranças, o amor e coisas desse tipo no céu.
Rachel, sempre que você pensar no vovô Benny,
ele saberá e estará muito perto, com um amor enorme por você.
Sinceramente, Bob Anderson (também um vovô)"
(Autor: Michael Cody)

Extraído do livro "Histórias para Aquecer o Coração"
Comentários:
É difícil falar de desencarnação com crianças, Mas essa estória que sugerimos é simplesmente maravilhosa, e faz jus ao livro que pertence, realmente ela aquece os corações.
Conte-a delicadamente às crianças, procurando tocar seus coraçõezinhos,
busque informações que elas conheçam.
Diga-lhes que é normal sentir saudade quando gostamos de uma pessoa.
Por exemplo: se o papai ou a mamãe viaja e fica uma semana fora, ficamos morrendo de saudades não é?!
Aí nos telefonamos, escrevemos... mas e no caso do vovô, vovó...
que desencarnou? Que está lá no plano espiritual?
As cartas, como vimos na estória, não podem ir para lá...
porém os nossos pensamentos sim.
Então devemos pensar com carinho neles, sempre que der saudade, lembrando as coisas boas que fizemos e pedindo para Deus ajuda-lo.

Fonte: http://www.cvdee.org.br/ev_plano.asp

Aula 4:

TEMA: O Espírita perante a Desencarnação - como ajudar o recém-desencarnado
2. 0BJETIVO: A criança, aceitando a desencarnação como o retorno da criatura ao Plano Espiritual, o que sempre implica em dificuldades mais, ou menos intensas de adaptação, sentir-se-á sensibilizada a auxiliar recém-desencarnados, identificando e aplicando recursos que o conhecimento
espírita lhe prodigaliza.
3. BIBLIOGRAFIA:
LE, q. 155 a 165; ESE, caps. XXVII: 19 a 21 e XXVIII: 59.
O Grande Enigma (Léon Denis), cap. XV; Religião dos Espíritos (Emmanuel/F.C.Xavier), cap. “Ante os que partiram”, Encontro Marcado (Emmanuel/F.C.Xavier), cap. 24; Obreiros de Vida Eterna (André Luiz/F.C.Xavier), cap. XIII a XIX; Celeiro de Bênçãos (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco), cap.
57; Viver é Amar (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco), cap. 19.
4. AULA:
a) Incentivação inicial: Diálogo.
O evangelizador entabulará com as crianças uma conversa sobre bebês; nascimento; os cuidados que recebem; o fato de eles precisarem desses cuidados especiais ao nascerem, por se encontrarem diante de uma situação nova, após nove meses de aconchego no útero materno... Falará também sobre o corte do cordão umbilical, que desliga o bebê daquele vínculo de dependência direta do organismo materno, já que ele vai passar a viver como um ser independente dela, fisicamente.
O evangelizador terminará indagando o seguinte:
- Vocês não acham que a desencarnação é como se fosse o “renascimento” do Espírito no Mundo Espiritual, depois de passar algum tempo abrigado no corpo físico?
O evangelizador deverá incentivar as crianças a participarem da conversa, ouvindo atentamente suas opiniões. Se possível, poderá levar gravuras ilustrativas ou fotos, mostrando bebês logo após o nascimento, sendo amamentados, acarinhados pelos parentes, etc...
b) Desenvolvimento: Narração.
A Partida
Eulália trabalhava em casa de Marcos havia vários anos. Desde que fora de Minas para o Rio de Janeiro, se empregara com D. Cândida, ajudando-a a cuidar da casa e da família.
Eulália era muito querida de todos, pois era gentil, prestativa, carinhosa. Então com Marcos, ela se desdobrava, pois a embalara desde o nascimento. Ele agora estava com nove anos, e continuava a ser o seu “xodó”.
Naquela tarde, chegando da escola, esfaimado, Marcos correu até a cozinha para pegar uns biscoitos. Eulália estava lavando umas vasilhas, e não o beijou, como sempre fazia. Marcos ficou surpreso, e, reparando em Eulália, lhe pareceu que ela estivesse chorando.
- Lalinha (era assim que ele a chamava), você está chorando? - perguntou o garoto.
- Não, Marquinhos, não é nada não... Isso vai passar...
- Se vai passar, é porque é alguma coisa... Por que não conta para mim?
- É que eu recebi um telefonema hoje, lá da minha cidade. A tia Neuza falou que o Tio Zé faleceu ontem. Eu fiquei tão triste... Tanto que eu gostava dele, e não pude fazer nada para ajudá-lo. Nem ao enterro vai dar para ir, pois não chegaria a tempo...
Marcos ficou com muita pena de Eulália. Afinal, ela deveria estar mesmo sentindo uma grande tristeza, porque várias vezes contara a ele histórias do tio Zé, que fora como um segundo pai para ela.
Marcos abraçou Eulália (FIG.1), enquanto pensava no que poderia fazer para consolar a amiga querida.
Foi então que se lembrou de uma aula que tivera na EEE (Marcos era espírita, como nós), quando foi estudada a desencarnação; havia guardado até umas figuras que foram apresentadas. Marcos foi até o
quarto, pegou as gravuras na gaveta, e chamou Eulália:
- Lalinha, venha cá ver uma coisa.
Enquanto Eulália se assentava a seu lado, na cama, Marcos, com carinho e mostrando ter bem aprendido a lição na EEE, pôs-se a mostrar as gravuras (FIG. 2), enquanto dizia coisas que nós sabemos, como:
- quando desencarnamos, é como se nascêssemos no Mundo Espiritual; assim como se corta o cordão umbilical do bebê, quando nasce, a morte do corpo físico significa que o cordão que o ligava ao Espírito foi rompido, e este se liberta para o Mundo Espiritual;
- no momento da desencarnação, e em um tempo que varia de pessoa a pessoa, o Espírito está inconsciente e meio confuso, fragilizado. Por isso ele estará sendo ajudado por outros Espíritos amigos, que seriam como o médico, o enfermeiro, os parentes, etc.;
- a gente pode ajudar os recém-desencarnados, pensando neles com pensamentos de paz, de esperança, para que se sintam mais seguros. A prece em seu favor os auxiliará bastante;
- muitas pessoas que não sabem como ocorre a desencarnação, e como fica o Espírito, não respeitam os velórios, não aproveitam a ocasião para orar, perdendo a chance de ajudar o amigo que parte para uma nova vida...
- Puxa, Marquinhos - falou Eulália - como é bom ouvir isto que você está dizendo! ... Quer dizer que eu posso ajudar o tio Zé, mesmo estando longe e ele já ter desencarnado?
- Claro, Lalinha!
- Então você me ajuda a fazer uma prece por ele?
- De todo o coração, Lalinha - respondeu o garoto.
E ali, puseram-se a orar, com muito sentimento, rogando a Jesus amparasse o tio Zé em sua nova vida. (FIG.3)
E certamente aqueles pensamentos de amor e paz alcançaram o destino, servindo para auxiliar o recém-desencarnado a se equilibrar na continuidade da vida!
.......................................................................................................................
Se vocês fossem fazer uma prece para um recém-desencarnado, como diriam?
O evangelizador auxiliará as crianças a comporem uma pequena e oportuna oração.
c) Fixação: Recorte e pintura. Se julgar conveniente, o evangelizador poderá levar os quadrados recortados.

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Fonte: http://www.evangelizacaojf.ddfserver.com/

Aula 5:

1. TEMA: Desencarnação - separação definitiva Espírito-Corpo Físico
2. OBJETIVO: A criança entenderá a desencarnação como um fenômeno resultante do rompimento definitivo os laços que prendem o Espírito ao corpo físico, por falta de condições deste último.
3. BIBLIOGRAFIA:
I Cor, 15: 40 e 44.
LE, itens 68 a 70, 149 a 165; LM, 2a. parte, I: 53 a 56; CI, 2a. parte: I; A Gênese, XI: 10 a 26.
Depois da Morte (Léon Denis), cap. XXX; O Grande Enigma (Léon Denis), cap. XV; Justiça Divina (Emmanuel / F.C.Xavier), cap. 62; Estudos Espíritas (Joanna de Angelis / Divaldo Franco), cap. 7; Temas da Vida e da Morte (Manoel Ph. de Miranda / Divaldo Franco), cap. “Processo desencarnatório”.
AULA:
a) Incentivação inicial: Diálogo
O evangelizador escreverá as sílabas de DESENCARNAÇÃO em quadrados de cartolina e as irá colando no quadro de giz, aos poucos, do fim para o princípio, indagando das crianças se sabem qual a palavra que irá se formar. Depois, conversará rapidamente com elas sobre o significado do termo.
b) Desenvolvimento: Narração.
COMO UMA PIPA QUE SE SOLTA...
Marina estava olhando alguns colegas seus, moradores ali da rua, que faziam pipas para empinar lá no morro atrás da escola. (FIG. 1)
Enquanto olhava o trabalho dos amigos, a garota teve o pensamento voltado para o Luís, seu professor de Matemática da 3a. série, que desencarnara alguns dias atrás.
Marina gostava muito do professor Luís, aliás como todos os seus alunos. Alegre, brincalhão, ensinava a matéria com um jeito tão especial que ninguém fazia bagunça em suas aulas.
Luís era jovem ainda, mas não resistira a uma doença que o vitimara, levando-o à desencarnação dois meses depois que fora diagnosticada.
Quando visitara o querido professor no hospital, Marina lhe levara flores e umas fatias do bolo que mamãe preparara, mas o professor Luís conseguira apenas esboçar um leve sorriso de agradecimento, já sem forças para falar. Marina se esforçara para não chorar de pena do amigo, mas agüentara firme, pois ali estava para levar estímulo e bom ânimo.(FIG. 2)
A menina estava tão absorta em seus pensamentos, que levou um susto quando Paulinho gritou:
- Olha uma pipa solta! A linha de alguém arrebentou e o vento está levando a pipa para o alto... (FIG. 3)
Nisto, Marina sentiu que lhe punham a mão no ombro. Voltando-se, viu d. Mercedes, a diretora de sua escola, que lhe disse:
- Oi, Marina. O que está fazendo por aqui, tão pensativa? Você me parece meio triste ...
- Oi, d. Mercedes. Estou aqui olhando os meninos fazerem pipas, e de repente me lembrei do professor Luís. Me deu uma saudade ...
- Eu também tenho saudades do Luís, Marina. Ele sempre foi uma pessoa especial, amiga, dedicado ao trabalho. Olhando agora aquela pipa com o fio arrebentado que o vento vai levando para o alto, lembrei-me de sua desencarnação ...
- Como assim, d. Mercedes?
- Você deve saber que nós somos Espíritos que ganhamos um corpo de carne ao nascer, não é Marina? O Espírito, antes livre no Mundo Espiritual, ao reencarnar precisa de um corpo, ao qual se une através de laços, como fios que manterão os dois unidos como se fossem uma coisa só. Esses fios podem se esticar (durante o sono, por exemplo, o Espírito pode passear no Mundo Espiritual enquanto o corpo repousa), mas se eles se arrebentarem, aí ocorre a  desencarnação; o Espírito retorna à vida espiritual e o corpo físico terá morrido. (FIG. 4)
- E esses fios se arrebentam assim, assim, quando o Espírito resolve ir embora?
- Não, minha querida. O Espírito só vai embora quando o corpo não tem mais condições de lhe ser a morada, quando se torna imprestável, quando se “estraga”, seja por doença, acidente ...
- Ah, entendi, d. Mercedes. Realmente, olhando aquela pipa podemos pensar que o professor Luís, Espírito, também retornou ao Mundo Espiritual, depois que seu corpo ficou inutilizado pela doença e os laços que o mantinham unido a ele se romperam ... Mas o professor continua vivinho no Mundo Espiritual!
- Isto mesmo, Marina! Nosso querido Luís estará no Mundo Espiritual, amparado pelo amor de nosso Pai Celestial e merecedor de nossas preces e nosso carinho, em forma de pensamento, para que logo se restabeleça.
- Ah, d. Mercedes, se todas as pessoas entendessem o que é a desencarnação assim como a senhora está me explicando, a saudade não doeria tanto, não acha?
- É sim, Marina. Mas nós, que sabemos disso, podemos falar para quem não sabe e ajudar muita gente que se desespera ante a desencarnação de um ente querido.
E ficaram as duas a olhar a pipa que, àquela altura, já se tornara um pontinho quase imperceptível na imensidão do céu ...
c) Fixação: Desenho, ou pintura ou colagem.
O evangelizador fornecerá às crianças o material necessário para que façam desenho, pintura ou colagem de uma pipa (as três técnicas podem ser mescladas). Depois da pipa pronta, deverão colar um pedaço de barbante, que ficará com a ponta solta.
Será interessante que no papel que receberão para fazer a pipa já tenham sido coladas algumas “nuvens” de algodão.
d) Material didático: Figuras anexas, folha de papel branco com “nuvens” de algodão coladas, pedaços de barbante, cola e o necessário para a Fixação, de acordo com atécnica escolhida.

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Fonte: http://www.evangelizacaojf.ddfserver.com/

Aula 6:

UMA DESENCARNAÇÃO DESCRITA PELO PRÓPRIO ESPÍRITO, ATRAVÉS
DA MEDIUNIDADE DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
DESENHO Nº 01
Doente há algum tempo, não tive qualquer dúvida que se aproximava o fim do corpo, que me servira na encarnação por muitos e muitos anos.
A morte física vinha aos poucos, gradual, era a realidade.
DESENHO Nº 02
O meu pensamento nessa hora, se transformou em filme cinematográfico a desenrolar-se com espantosa velocidade, mostrando-me o que havia feito durante a encarnação. Vi-me diante de tudo o que eu havia sonhado, arquitetado e realizado na vida. Insignificantes idéias que emitira, tanto quando meus atos íntimos, desfilavam precisos ante meus olhos aflitos, instaladas dentro de mim.
DESENHO Nº 03
Após, avistei minha filha Marta, em Espírito, a estender-me os braços.
Estava linda como nunca. Imensa alegria transbordava-lhe do semblante calmo. Avançou carinhosamente, enlaçou-me o busto e falou-me terna aos ouvidos:
— Agora, paizinho, é necessário descansar.
DESENHO Nº 04
Depois de ligeiro descanso, Marta afagou-me a fronte e falou meiga:
— Os nossos benfeitores espirituais desatam os últimos elos que prendem o seu Espírito aos seu antigo corpo. Enquanto isso, façamos nossa oração.
Marta, então, elevou-se em prece, repetindo em voz pausada e comovedora as expressões do Salmo 23:
— “O Senhor é nosso Pastor; nada nos faltará...”
DESENHO Nº 05
Depois de orar, assombrado, vi-me em duplicata (corpo e perispírito), sentindo aflitiva sensação.
Alongando os olhos, verifiquei a existência de prateado fio ligando-me ao novo corpo (perispírito), à cabeça imobilizada.
Tranqüilizei-me. Comecei a considerar o corpo como valioso companheiro do qual me afastava em definitivo, enviando-lhe pensamentos de gratidão.
Enquanto encarnado, beneficiara-me através dele na luta humana.
Com ele, corpo de carne, recolhera bênçãos infinitas.
Sem ele, como poderia passar pelo aprendizado na Terra?
Fixei-o enternecido, agradecendo-lhe tudo que me havia proporcionado na longa encarnação.
DESENHO Nº 06
Agora, rogando a Jesus me auxiliasse a encontrar o melhor caminho, observei, com intensa alegria, o venerável Espírito Bezerra de Menezes e o benemérito irmão Andrade, que me protegera durante a encarnação, abeirando-se de mim e cumprimentado-me com palavras confortadoras de boas-vindas ao Mundo Espiritual.
Estava desencarnado, era um Espírito livre...
Irmão Jacob (Espírito)
Chico Xavier (médium)

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Fonte: http://www.evangelizacaojf.ddfserver.com/

Um comentário:

  1. Parabens pelo blog ! estou utilizando algumas informações dele para algumas aulas de evangelização.

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